quarta-feira, 9 de abril de 2008

Exames e Análises I

Antes de uma qualquer intervenção de conservação e restauro, deve-se executar alguns exames e análises para se poder agir correctamente durante a intervenção, por isso, ao longo dos trabalhos de conservação e restauro na fachada realizámos e iremos realizar uma série de exames e análises, as que tivermos à nossa disposição e alcance de realizar, para nos apoiar nas decisões.

Identificação das espécies infestantes presentes na fachada

No início da intervenção deparamos com vários seres infestantes um pouco por toda a fachada. Notou-se a presença de plantas vasculares, líquenes e musgos. Com a ajuda do professor Carlos Craveiro (com formação em biologia) procedeu-se à identificação as espécies infestantes.

Plantas vasculares:

Arroz dos telhados, Sedum album

Silvas, Rubus sp.

Líquenes:

Caloplaca

Lecanora

Verrucaria sp

Xanthoria

Musgo, Bryophyta sensu stricto


Testes de biocida

Para a eliminação dos líquenes e dos musgos escolheu-se um biocida que possuísse amónia quartenária como princípio activo na sua constituição, já que esta permite abranger um largo número de espécies de líquenes e de musgos.

Realizou-se testes para definir o melhor modo de aplicação e qual o tempo de cura mais adequado.

Como modo de aplicação do biocida contrapôs-se a aplicação por pulverização com a aplicação por pachos de papel.











Para os tempos de cura, optou-se por testar pelos espaços de tempo de uma semana, duas semanas e três semanas.

O critério adoptado para escolher o tempo de cura mais adequado foi o resultado final, após a escovagem por via húmida, tomando em atenção a maior ou menor dificuldade para remover os líquenes, usando uma escova igual para todos os testes.

No final dos testes chegou-se à conclusão que, apesar da aplicação por pachos de papel ser um pouco mais eficaz, é muito mais prático a aplicação por pulverização, não sendo a diferença final significativa que justificasse a aplicação por pachos.

Quanto ao tempo de cura concluiu-se que o melhor compromisso, resultado final versus tempo de cura seria as duas semanas.

1 comentário:

MTM disse...

Agradecemos desde já a colaboração do professor Carlos Craveiro que se disponibilizou para nos ajudar na identificação das diferentes espécies!
Muito bom exemplo de interdisciplinaridade!